Minha terra tem lameirasUm poema nostálgico
Onde anda o Parajana
Os ônibus que aqui freiam
Não freiam como lá
Nosso carro tem mais bancos
Nossas Paradas tem mais gente
Nossos degraus têm mais pessoas
Nossa vida mais suores.
Em andar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem lameiras
Onde anda o Parajana
Minha terra tem calores,
Que tais não encontro eu cá;
Em andar, sozinho, à noite, –
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem lameiras
Onde anda o Parajana.
Não permita Deus que eu corra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os calores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as lameiras,
Onde anda o Parajana.
Lembranças de alguém que anda no Parajana de 1994.
A intertextualidade com o poema de Gonçalves Dias ficou perfeita e reflete muito bem, o sentimento dos cearenses que já andaram nesse ônibus.
ResponderExcluir