7 de jan. de 2011

Canção do exílio do Parajana

Um poema nostálgico
Minha terra tem lameiras

Onde anda o Parajana

Os ônibus que aqui freiam

Não freiam como lá


Nosso carro tem mais bancos

Nossas Paradas tem mais gente

Nossos degraus têm mais pessoas

Nossa vida mais suores.


Em andar, sozinho, à noite,

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem lameiras

Onde anda o Parajana


Minha terra tem calores,

Que tais não encontro eu cá;

Em andar, sozinho, à noite, –

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem lameiras

Onde anda o Parajana.


Não permita Deus que eu corra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que disfrute os calores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as lameiras,

Onde anda o Parajana.

Lembranças de alguém que anda no Parajana de 1994.

Um comentário:

  1. A intertextualidade com o poema de Gonçalves Dias ficou perfeita e reflete muito bem, o sentimento dos cearenses que já andaram nesse ônibus.

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